Todas as mulheres têm um blazer.
Poucas conhecem a sua história.
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Tem centenas de anos e continua a ser jovem. Nasceu no mundo do desporto e tornou-se símbolo de elegância. Implementou-se nos reinados mais tradicionais e rompeu com todos os dogmas do mundo da moda. É transversal. Intemporal. Versátil. Único.
SÉCULO XIX
A primeira versão da história.
A primeira versão da história associa o surgimento do blazer aos remadores dos clubes navais de Oxford e Cambridge, no século XIX. Era um casaco largo, equivalente aos atuais corta-vento, que servia para proteger os remadores do frio, durante os treinos e as corridas. Começou também a ter cores e padrões para distinguir, mais facilmente, as equipas.
Em 1825, os membros do clube naval Lady Margareth, da Universidade de Cambridge, usaram um casaco com apenas uma fila de botões, apertados ao centro. A peça terá recebido o nome de blazer devido à cor vermelha, intensa, vibrante, semelhante a fogo (do inglês blaze ou blazing). O clube naval Lady Margareth ainda hoje utiliza casacos iguais.
1837
Uma outra versão.
Uma outra versão conta que, em 1837, o capitão da fragata HMS Blazer, pertencente à Armada britânica, ordenou que a tripulação usasse um traje especial para receber a visita da Rainha Victória. Foi criado, para o efeito, um casaco de sarja azul, com abotoamento duplo, botões dourados e o brasão da fragata. A Rainha ficou, de tal forma, impressionada que o casaco tornou-se no uniforme oficial da marinha real.
Os remadores começaram a usar o blazer no seu dia-a-dia, o que fez com que o casaco se tornasse num símbolo de estatuto. Outras modalidades desportivas – como equitação, cricket, caça, ténis e vela – rapidamente quiseram adoptar o mesmo estilo.
Com a influência das Guerras Mundiais, o mundo da moda feminina adoptou um estilo mais masculino. Coco Chanel foi a grande percursora ao recriar o blazer, adaptando-o à silhueta feminina. Na década de 70, Yves Saint-Laurent apostou na sofisticação e os seus blazers tornaram-se populares entre as mulheres executivas. Armani ficou célebre, nos anos 80, por repensar o tradicional blazer e transformá-lo numa versão mais descontraída e minimalista.
O blazer atravessou séculos e gerações
e manteve-se um ícone da moda.
Um blazer é quase sempre a peça certa para vestir.